quinta-feira, 7 de abril de 2011

"De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de domar." (Platão)

O intuito do meu blog não é, de forma alguma, falar de coisas ruins, até porque, como já disse, é um local que tem como objetivo a distração etc etc... Mas hoje vai ser um dia atípico. Tão pouco tempo de blog e já vou abrir uma exceção. Mas acho que todas vão me entender...

É possível ignorar o que aconteceu hoje pela manhã no Rio? Acho que não, né?! 11 crianças foram assassinadas por um menino da minha idade: 24 anos. Um menino que ainda tá começando a vida, ainda tinha todo um futuro pela frente!

Ao mesmo tempo, tirou a vida de outras tantas que praticamente não haviam saído do colo da mãe. Coisas que antigamente só víamos acontecer lá na parte de cima do nosso continente, hoje tem assutado nós, brasileiros, que sempre fomos um povo tão acolhedor, tão quente, tão... D I F E R E N T E.

Cadê essa diferença agora? E essas crianças que se foram? E os familires que ficaram? E as outras que presenciaram cada momento desse que julgo assustador? E elas, como ficam? E esse menino que já sabia exatamente como ia agir? Como ficam todos? E nós, que acompanhamos isso tudo de longe, horrorizados? Como ficamos todos?

É nesse momento que eu me pergunto um mooonte de coisa... Como, por exemplo, foi a criação desse menino? Como ele cresceu, com quem se relacionou, por que passou pela cabeça dele fazer esse tipo de coisa?? São respostas que eu gostaria de saber. Talvez, ouvindo esses jovens, ouvindo suas revoltas, sabendo de suas tristezas, de suas angústias, alguma coisa podetria ser feita! Algo poderia ser diferente!

Eu sei que muita gente nem deve lembrar desse menino agora. A raiva é tamanha que só se quer o mal, a vingaça (que já não é mais possível), tendo em vista que a tristeza pelas crianças que morreram é bem maior nessa hora. Não penso diferente. A minha tristeza também é enorme, mas nesse mmento, diferente de muita gente e, acredito, da maioria, eu só consigo pensar nesse menino... O que.. O que se passava pela cabeça dele naquela hora... Essa é uma resposta que nós nunca vamos ter...

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